Para a Associação Brasileira de Fomento do Pescado – ABRAPES –  o consumo de peixes no Brasil vem crescendo de forma sustentável nos últimos 10 anos que independe de situações circunstanciais como  a perda de confiança das carnes e fatores religiosos para exibir números ascendentes.  “A população brasileira, a cada ano que passa, busca um estilo de vida mais saudável, que passa pelo consumo de pescado, e independe outros fatores,embora, na Semana Santa, verifica-se um aumento extra pontual, por conta da tradição”, esclarece o secretário geral da entidade, Júlio César Antônio.

Assim, o setor não comemora a desastrada operação Carne Fraca e nem se preocupou com estratégias para ocupar eventuais espaços perdidos pelas proteínas vermelhas. ‘Não há nenhuma estratégia nesse sentido. Entendemos que o consumo de proteínas como de carne bovina, suína e de frango é de extrema importância e sempre terão espaço à mesa do brasileiro.

Para Júlio, o episódio da Carne Fraca não deve afetar os preços dos pescados. “Há pescados de origem extrativista e  de cultivo, essa última mais regular, estando sujeitas às regras de mercado, de forma geral, onde por exemplo, o repasse da inflação é esperado e computado, nada muito além disso, o primeiro, sujeito mais a lei da oferta e da procura por exemplo, onde, quanto mais ou menos se demanda por um produto e sendo sua produção limitada, o preço sobe ou desce e como o custo Brasil é um dos mais caros do mundo, não acreditamos em margem para redução de preço, mas por sua vez, também não acreditamos em aumentos abusivos, até porque, existe uma outra parte dos pescados comercializados, que é de origem exterior, com preços competitivos, porém sujeitas à variação cambial”, explica Júlio.

Para Júlio, o consumo de pescado no Brasil está consolidado, depois de ter quintuplicado nos últimos dez anos. “A expansão se deveu ao consumo que era muito baixo e foi impulsionado pela busca por um estilo de vida mais saudável, passando a ser constante na mesa do brasileiro, tanto em casa como restaurantes, lanchonetes, churrascarias, redes especializadas em comida oriental, hotelaria, fast-food, deixando de ser uma tendência, passando a ser uma realidade.”

FONTE: A Voz Regional